Sou obrigado, por culpa das declarações do próprio, a voltar a comentar a eleição de Carlos César. Não é perseguição, mas é que o ridículo é tão grande que, pura e simplesmente, não resisto. Bom, o melhor mesmo é deixar o próprio Carlos César falar da sua épica vitória eleitoral.
“Represento, reforçadamente, a partir desta eleição, todo o PS na sua componente mais plural, aqueles que são menos socialistas e aqueles que são mais socialistas.” Confesso que eu, do alto da minha ignorância, pensava que os militantes socialistas eram todos … socialistas. Parece, no entanto, que existe uma diferença subtil entre os militantes socialistas: os mais e os menos socialistas.
Intriga-me esta diferenciação. Como se distingue um militante do PS mais socialista de um militante menos socialista? É importante que Carlos César venha, publicamente, esclarecer este conceito de militância. Creio que pode vir a fazer escola na política regional. Podemos vir a ter os militantes do PSD mais e menos social-democratas, os militantes do PCP mais e menos comunistas e por aí fora, num sem número de combinações.
Penso que é a isto que Carlos César – depois de ganhar, como candidato único, as eleições com 99,6% dos votos – se referia quando falava do “pluralismo político” do PS.
Enfim, não quero ser acusado de me fazer difícil e de me recusar a aprender novos conceitos. Nesse sentido, a minha proposta de resolução para esta charada, dos mais e menos socialistas, é a seguinte: os mais socialistas são os 2122 que votaram a favor, os oito que votaram contra são os menos socialistas. Quente ou frio?
Imagino que o inebriante ambiente desta vitória eleitoral deve ter, de alguma forma, contagiado um jornalista. Ou isso, ou então um bocadinho de champanhe a mais, porque não consigo compreender que género de pacóvio se lembra de perguntar, a um político que ganhou com 99,6% dos votos, se está incomodado com os votos contra recebidos.
Está bom de ver que, na sede do PS, a noite foi de loucura total, como forma de libertar o stress acumulado pela incerteza que acompanhou a noite eleitoral.
As declarações surpreendentes não se ficaram por aqui. O mais socialista dos socialistas açorianos, rejeitou que a abstenção de 43% significasse que o partido estivesse menos mobilizado. O facto é que, explicou César, a circunstância de existir apenas um candidato “fez com que as eleições não se tornassem urgentes para alguns militantes”.
De facto, alguma da malta mais pachorrenta do PS pode não ter percebido que é urgente votar antes das urnas fecharem. Enfim, pode ser que apareçam lá para Outubro.
“Represento, reforçadamente, a partir desta eleição, todo o PS na sua componente mais plural, aqueles que são menos socialistas e aqueles que são mais socialistas.” Confesso que eu, do alto da minha ignorância, pensava que os militantes socialistas eram todos … socialistas. Parece, no entanto, que existe uma diferença subtil entre os militantes socialistas: os mais e os menos socialistas.
Intriga-me esta diferenciação. Como se distingue um militante do PS mais socialista de um militante menos socialista? É importante que Carlos César venha, publicamente, esclarecer este conceito de militância. Creio que pode vir a fazer escola na política regional. Podemos vir a ter os militantes do PSD mais e menos social-democratas, os militantes do PCP mais e menos comunistas e por aí fora, num sem número de combinações.
Penso que é a isto que Carlos César – depois de ganhar, como candidato único, as eleições com 99,6% dos votos – se referia quando falava do “pluralismo político” do PS.
Enfim, não quero ser acusado de me fazer difícil e de me recusar a aprender novos conceitos. Nesse sentido, a minha proposta de resolução para esta charada, dos mais e menos socialistas, é a seguinte: os mais socialistas são os 2122 que votaram a favor, os oito que votaram contra são os menos socialistas. Quente ou frio?
Imagino que o inebriante ambiente desta vitória eleitoral deve ter, de alguma forma, contagiado um jornalista. Ou isso, ou então um bocadinho de champanhe a mais, porque não consigo compreender que género de pacóvio se lembra de perguntar, a um político que ganhou com 99,6% dos votos, se está incomodado com os votos contra recebidos.
Está bom de ver que, na sede do PS, a noite foi de loucura total, como forma de libertar o stress acumulado pela incerteza que acompanhou a noite eleitoral.
As declarações surpreendentes não se ficaram por aqui. O mais socialista dos socialistas açorianos, rejeitou que a abstenção de 43% significasse que o partido estivesse menos mobilizado. O facto é que, explicou César, a circunstância de existir apenas um candidato “fez com que as eleições não se tornassem urgentes para alguns militantes”.
De facto, alguma da malta mais pachorrenta do PS pode não ter percebido que é urgente votar antes das urnas fecharem. Enfim, pode ser que apareçam lá para Outubro.