Existem momentos em que a coragem e a dignidade são postas à prova. O deputado Aníbal Pires é um político de mão-cheia. Nunca se deixa intimidar e nunca vira a cara ao debate político. O seu texto de despedida aos leitores do Açoriano Oriental é uma lição de dignidade e bom senso. Deixo-o aqui, para memória futura:
Aos leitores do AO
Fica aqui o texto que o Açoriano Oriental (AO) devia ter publicado na sua edição de hoje e não o fez quebrando um compromisso assumido. É um texto em que me despeço dos leitores do AO na sequência do “saneamento político” a que fui sujeito.
Hasta!
Por ora chega ao fim a minha colaboração semanal com o Açoriano Oriental (AO). Ao longo dos últimos 6 anos partilhei com os leitores aquilo que penso sobre um leque variado de assuntos mas, mais do que difundir opinião pessoal procurei deixar espaço para reflexão e discussão, até porque considero que a realidade observada pode ter várias leituras e, não me cabe mais do que dar a minha própria visão deixando espaço para a opinião de quem foi tendo paciência para ler o “Olhares”.
Iniciei a minha colaboração regular com o AO em Janeiro de 2004. No convite que então me foi endereçado ficou claro que se dirigia ao cidadão e não ao dirigente associativo ou sindical, únicos cargos que à data exercia. Foi nessa qualidade e não noutra que fui convidado e assim fui mantendo este espaço e ganhando gosto pela escrita. O percurso pessoal e político que trilhei ao longo destes quase 6 anos levaram-me à liderança política do PCP e da CDU Açores e a ser eleito como deputado regional. Estes factos em nada alteraram o meu relacionamento com o jornal, aliás fui colaborador de programa da Rádio Açores-TSF, “Conversa a 4”, e publiquei, em co-autoria, um suplemento mensal, no primeiro caso enquanto cidadão e no segundo enquanto dirigente associativo.
A minha passagem como colaborador gracioso da “Açormédia, SA” chega, por ora, ao fim. E chega não por vontade própria mas porque a empresa entendeu que deveria dispensar a minha colaboração. Os motivos que presidiram a esta decisão da “Açormédia” e dos quais fui informado, sendo pragmáticos, não cabem neste espaço por julgar que não é o lugar de o fazer, todavia, no tempo e no modo próprio deles darei conta publicamente.
A escrita tornou-se num prazer, isso fico a dever ao AO, e não vou abandonar este deleite só porque alguém encontrou um motivo espúrio para limitar a difusão dos meus textos, até porque há quem considere que a pluralidade de opinião é salutar, há quem goste do que escrevo e da forma como o faço e, também, claro está, porque sou um incorrigível contumaz.
Aos leitores do AO resta-me dizer-lhes que foi um prazer estar convosco e que, estou certo, regressarei um dia ao vosso convívio “queira ou não queira o papão”.
Hasta siempre!
Aos leitores do AO
Fica aqui o texto que o Açoriano Oriental (AO) devia ter publicado na sua edição de hoje e não o fez quebrando um compromisso assumido. É um texto em que me despeço dos leitores do AO na sequência do “saneamento político” a que fui sujeito.
Hasta!
Por ora chega ao fim a minha colaboração semanal com o Açoriano Oriental (AO). Ao longo dos últimos 6 anos partilhei com os leitores aquilo que penso sobre um leque variado de assuntos mas, mais do que difundir opinião pessoal procurei deixar espaço para reflexão e discussão, até porque considero que a realidade observada pode ter várias leituras e, não me cabe mais do que dar a minha própria visão deixando espaço para a opinião de quem foi tendo paciência para ler o “Olhares”.
Iniciei a minha colaboração regular com o AO em Janeiro de 2004. No convite que então me foi endereçado ficou claro que se dirigia ao cidadão e não ao dirigente associativo ou sindical, únicos cargos que à data exercia. Foi nessa qualidade e não noutra que fui convidado e assim fui mantendo este espaço e ganhando gosto pela escrita. O percurso pessoal e político que trilhei ao longo destes quase 6 anos levaram-me à liderança política do PCP e da CDU Açores e a ser eleito como deputado regional. Estes factos em nada alteraram o meu relacionamento com o jornal, aliás fui colaborador de programa da Rádio Açores-TSF, “Conversa a 4”, e publiquei, em co-autoria, um suplemento mensal, no primeiro caso enquanto cidadão e no segundo enquanto dirigente associativo.
A minha passagem como colaborador gracioso da “Açormédia, SA” chega, por ora, ao fim. E chega não por vontade própria mas porque a empresa entendeu que deveria dispensar a minha colaboração. Os motivos que presidiram a esta decisão da “Açormédia” e dos quais fui informado, sendo pragmáticos, não cabem neste espaço por julgar que não é o lugar de o fazer, todavia, no tempo e no modo próprio deles darei conta publicamente.
A escrita tornou-se num prazer, isso fico a dever ao AO, e não vou abandonar este deleite só porque alguém encontrou um motivo espúrio para limitar a difusão dos meus textos, até porque há quem considere que a pluralidade de opinião é salutar, há quem goste do que escrevo e da forma como o faço e, também, claro está, porque sou um incorrigível contumaz.
Aos leitores do AO resta-me dizer-lhes que foi um prazer estar convosco e que, estou certo, regressarei um dia ao vosso convívio “queira ou não queira o papão”.
Hasta siempre!