terça-feira, 13 de março de 2012

segunda-feira, 12 de março de 2012

Reuniões entre Governo Regional e partidos sobre redução da presença militar dos Estados Unidos



O secretário regional da Presidência, André Bradford, adiantou ontem, antes de arrancar com um dia de reuniões com os partidos com assento na Assembleia Legislativa dos Açores (ALRA), ter como meta no processo relativo à redução da presença militar norte-americana na Base das Lajes o "menor impacto possível na economia e na realidade social".
"O objetivo principal é que aquilo que se anuncia tenha o menor impacto possível na economia e na realidade social onde a base está inserida, em particular na ilha Terceira", afirmou.
A ronda de reuniões prolonga-se pelo dia de hoje e inclui também autarquias, sindicatos e associações empresariais.
Já Zuraida Soares, líder do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, avançou ter-lhe sido adiantado que em cima da mesa pode estar um despedimento substancial de trabalhadores portugueses, no que talvez se possa transformar no segundo maior despedimento coletivo da história açoriana.
Zuraida Soares classificou este eventual despedimento como "infame" e defendeu que, a suceder, terá de ser acompanhado por medidas excecionais de apoio aos trabalhadores pelo Governo dos EUA e pelo Governo da República, dado ir-se processar uma situação de emergência social.
Além disso, sustentou que, neste cenário, terão de ser exigidas aos norte-americanos indemnizações para os trabalhadores e para a própria Região, até à luz dos custos ambientais que a utilização da Base das Lajes implicou.
Em caso de confirmação dos despedimentos, com o Governo dos EUA a manter a Base "adormecida", Zuraida Soares considera que deve ser estabelecida uma moratória entre a República e os EUA para a desativação das funções militares da Base e dado início a estudos no campo nacional e regional, que permitam potenciar as infraestruturas e a posição geoestratégica das Lajes, mantendo e criando empregos e desenvolvimento económico. Deu o exemplo do apoio que pode ser dado à aviação comercial.
O líder da representação parlamentar do PCP no Parlamento Açoriano, Aníbal Pires, adiantou ter comunicado a Bradford que a Região deve ser "firme" na defesa dos postos de trabalho portugueses ao serviço das forças norte-americanas estacionadas na Base das Lajes. "A única real contrapartida da Região é a existência desta força laboral e da respetiva massa salarial", sustentou. Aníbal Pires frisou ainda que o PCP leva ao próximo plenário um projeto de resolução para que a ALRA se pronuncie sobre a matéria.
Paulo Estevão, líder da representação parlamentar do PPM, adiantou a DI ter-lhe sido comunicado que os Estados Unidos da América preparam uma redução "bastante significativa" do contigente militar nas Lajes, mas alertou para o que considerou ser um "bluff".
"A questão da redução das despesas militares pelos EUA prende-se com motivos de política interna, financeiros e eleitorais, mas o que não aceitamos é que os norte-americanos tentem desvalorizar o valor geoestratégico das Lajes na sua projeção de força. O Médio Oriente está instável, bem como os países do norte de África. Temos a questão da Síria, o problema nuclear no Irão. Neste cenário, as Lajes são essenciais", frisou o deputado.
Na opinião de Paulo Estevão, os Estados Unidos estão a tentar fazer "bluff" para "diminuir o preço".
Quanto à questão da consequente redução da força laboral portuguesa que uma quebra na presença militar dos EUA trará, Paulo Estevão defende que o atual número de trabalhadores portugueses nas Lajes é "inegociável".
"É a única real contrapartida que a Região tem da presença dos EUA nas Lajes. A partir do momento em que haja uma redução, em que os norte-americanos queiram estar nas Lajes de graça, deixaremos de apoiar essa presença", sustentou.
Recorde-se que o Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores (SABCES) já defendeu que a Base das Lajes mantenha o mesmo número de trabalhadores portugueses, no caso de uma eventual renegociação do Acordo Laboral.
DI noticiará as posições do PSD e PS na edição de amanhã.

Diário Insular

sábado, 10 de março de 2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

Plataforma de Cidadania junta elementos do PPM e do MPT

Plataforma de Cidadania é o nome do novo movimento cívico que concorrerá às eleições legislativas regionais em Outubro de 2012.
As eleições legislativas regionais de outubro de 2012 vão contar com um projeto, de organização cívica, com o nome de Plataforma de Cidadania.
O projeto, que foi ontem apresentado em Ponta Delgada, resulta da união de um grupo de independentes, que integra um vasto conjunto de cidadãos e outras entidades comunitárias, às quais se juntaram o MPT e o PPM.
Segundo Manuel Humberto, membro da Plataforma de Cidadania, esta assume-se como um “espaço aberto a todos os cidadãos que não se reveem no atual sistema político-partidário e que têm optado pela abstenção e pelo voto em branco”, esclareceu.
“Hoje em dia a abstenção,e o seu crescimento, deixa de fora mais de metade das pessoas em termos da decisão política e isto não pode ser. Existe um divórcio generalizado da população em relação à política e o que nós pretendemos é que as pessoas participem e possam discutir qual será o melhor projeto para os Açores”, esclareceu por seu lado o presidente do PPM (Partido Popular Monárquico), Paulo Estêvão, membro da Plataforma.
A Plataforma em questão pretende desenvolver-se no âmbito de uma matriz de combate ao desemprego, sobretudo jovem, no combate à pobreza, através de políticas económicas sustentáveis e na reposição das igualdades e justiça social.
“Uma das grandes preocupações e prioridades da Plataforma é valorizar e dar expressão à participação cívica jovem, um dos setores mais afetados pelo desemprego, que resulta, neste contexto, num aumento substancial da pobreza e da exclusão”, afirmou Manuel Humberto.
Paulo Estêvão, afirmou também, na conferência de imprensa, que a Plataforma de Cidadania, apesar de integrar dois partidos, vai começar do início, na sua preparação do programa eleitoral.
Por sua vez, Manuel Moniz, do MPT ( Partido da Terra),que também integra a Plataforma, afirmou que o projeto “pretende melhorar o nosso sistema”, enfatizando que, se a coligação conseguir eleger deputados, o seu grupo parlamentar na Assembleia Legislativa dos Açores continuará a manter uma”permanente ligação aos eleitores” para debater assuntos e problemas concretos.
O documento de apresentação deste projeto refere ainda que a Plataforma contemplará a defesa de uma nova lei eleitoral que permita a formalização de candidaturas de cidadãos independentes e a consequente rutura do monopólio partidário no sistema político democrático.
O sítio na internet será lançado brevemente O sítio da Plataforma de Cidadania será brevemente lançado na internet, fazendo assim com que os cidadãos tenham mais uma forma de participar na elaboração do programa eleitoral. Através do registo no sítio da internet, os cidadãos interessados terão acesso a uma série de informação, técnica e estatística, sobre os temas que importam ao desenvolvimento do Arquipélago dos Açores. Desta forma o programa eleitoral resultará do contributo de todos os que queiram ajudar a definir o futuro da Região.
Açoriano Oriental