Foi um Aníbal irremediavelmente derrotado que ontem leu os termos da capitulação política na televisão. Foi, à boa maneira de Franklin Roosevelt, uma rendição sem condições.
Acantonado numa posição política impossível, o velho Aníbal limitou-se a ler os termos da derrota. Os termos da capitulação foram os seguintes:
1) O Presidente da República promulga a Lei “ordinária”, na certeza de que se não o fizer terá de demitir-se em resultado do incumprimento da Constituição.
2) O Presidente da República não dissolve o Parlamento, “órgão responsável pela crise institucional”, na medida em que esse facto só beneficiaria o PS que está mortinho por ir a votos antes das autárquicas;
3) O Presidente da República compromete-se a cumprir o “absurdo” de ter de ouvir os órgãos de governo próprio dos Açores se, por absurdo, quiser dissolver o Parlamento rebelde.
Antes morrer livres que em paz sujeitos