quinta-feira, 19 de junho de 2014

Jornal Açores 9: "PPM quer referendar República e condena “hipocrisia” da esquerda nesta questão"

"O PPM entregou hoje no parlamento dos Açores uma proposta com vista à realização de um referendo sobre o regime republicano e condenou “a hipocrisia” da “extrema-esquerda portuguesa” e “personalidades do PS” nesta matéria.

Os monárquicos condenam “em absoluto a hipocrisia da extrema-esquerda portuguesa e de várias personalidades do Partido Socialista que têm vindo a defender, junto da opinião pública nacional, a realização de um referendo em Espanha em relação à questão do regime” quando em Portugal impedem que isso aconteça.
“Trata-se de uma posição cínica e hipócrita”, considera o presidente do PPM e deputado no parlamento dos Açores, Paulo Estêvão, num comunicado hoje divulgado, sublinhando que são “os mesmos” que estão a defender “a liberdade de escolha do regime” (monárquico ou republicano) para os espanhóis, mas “negam essa liberdade ao seu próprio povo”.
Paulo Estêvão lembra que, ao contrário do que acontece em Espanha, a Constituição portuguesa não permite que o regime republicano seja referendado e desafia “os republicanos portugueses a terem a mesma postura democrática do Estado espanhol”.
O PPM avançou por isso com uma iniciativa no parlamento dos Açores que recomenda à Assembleia da República que “promova as alterações constitucionais necessárias para que o povo português se possa pronunciar, através de referendo, sobre a forma de governo (republicana ou monárquica) do Estado Português”.
Considerando que a República “mais não é que um regime imposto de forma violenta ao povo português” em 1910, Paulo Estêvão acrescenta, no texto que o parlamento regional vai debater, que foi também ela que conduziu o país à crise que hoje atravessa, apontando, por exemplo, que os três chefes de Estado desde 1974 foram também líderes partidários (do PRD, PS e PSD).
Por outro lado, destaca que no contexto europeu, a monarquia é sinónimo de “democracia, estabilidade e prosperidade”.
O PPM sublinha também que Portugal “é o único regime da Europa Ocidental que impede, através da Constituição, a realização de um referendo a respeito da forma de governo”, considerando que, por isso, não há democracia plena, “num país em que se pode referendar quase tudo”."
In Jornal Açores 9