quarta-feira, 4 de junho de 2014

Jornal Açoriano Oriental: "PPM pede eleições antecipadas a Cavaco Silva"

"O Partido Popular Monárquico disse ontem que vai pedir ao Presidente da República para convocar eleições antecipadas, considerando que o país não pode ficar um ano em pré-campanha e à espera das reformas “de que tanto necessita”.
Segundo referem os monárquicos, a generalidade dos partidos anda há meses em campanha eleitoral, já a pensar nas legislativas de 2015, o que tende a acentuar-se, como revela a “feroz luta pelo poder que se instalou no Partido Socialista”.
“A gestão do país, que exige medidas de fundo e reformas verdadeiramente estruturais, decorrerá no próximo ano num ambiente de grande conflitualidade política e ausência total de compromisso”, sublinhou o presidente do Partido Popular Monárquico (PPM), Paulo Estêvão, numa conferência de imprensa na cidade da Horta.
Para o também deputado no parlamento dos Açores, “o que resta da legislatura mais não será do que um longo período de pré-campanha eleitoral”, “um ano perdido para as reformas e a governação racional de que o país tanto necessita” e também favorável à “germinação do populismo e do voto de protesto”.
O Partido Popular Monárquico considera, por isso, que “o país só tem a ganhar” se houver eleições legislativas antecipadas o mais rapidamente possível, pelo que a Comissão Política do partido vai “notificar” o Presidente da República, Cavaco Silva, o Governo e outros “agentes políticos” desta posição.
O presidente do partido, Paulo Estêvão, sublinhou ainda que o PPM não visa com este apelo a ao Presidente da República, Cavaco Silva, beneficiar qualquer força política, mas apenas zelar pelo interesse de Portugal, acrescentando que o PS “tem também condições para resolver o seu problema interno se quiser pensar em primeiro lugar no país”.
O dirigente do Partido Popular Monárquico acrescentou que não vê também o Governo PSD/CDS com “condições para iniciar o novo ciclo de reformas” de que o país precisa depois de terminado o programa de ajustamento financeiro, sobretudo se os dois partidos decidirem apresentar-se separados nas próximas eleições legislativas."
In Jornal Açoriano Oriental