Toda a gente sabe qual é o projecto político que persigo desde 1996. Defendo um governo assente numa maioria parlamentar de direita, com uma base pluripartidária (PSD, CDS e PPM).
Isto só será possível se a soma dos partidos de direita superar os 28 deputados (actualmente somam 24) e se nenhum deles atingir ou superar, por si só, o número mágico dos 29 deputados.
Depois de dois longuíssimos ciclos políticos dominados por executivos regionais monopartidários, sempre pensei que a população açoriana saberia valorizar um quadro governativo hipotético que juntasse “o melhor de dois mundos”: a estabilidade política, que será assegurada pela coligação parlamentar, e o pluralismo político que advirá da composição pluripartidária do Governo Regional.
A história política das autonomias demonstra-nos que a única “janela de oportunidade” para a mudança política ocorre nos períodos de transição política provocados pelo abandono do poder por parte dos Presidentes do Governo Regional. No pleno exercício do poder, estes demonstraram que são – no sentido literal da palavra – autênticos Césares (imbatíveis, até prova em contrário).
Não tenho qualquer espécie de dúvida que os açorianos votarão, seja qual for o sucessor socialista de César, na mudança de ciclo político em 2012. O que me começa a preocupar é a dimensão da derrota socialista. Por outras palavras, quero que o PS tenha uma morte política como o Desejado: “Morrer sim, mas devagar”.
Ora, a derrota socialista, nas últimas eleições europeias, foi de uma dimensão assustadora. Até no bastião inexpugnável de Santa Maria os socialistas perderam! Por mais acrobacias que se façam, a verdade é que estes resultados indiciam um desgaste político muito pronunciado do PS-Açores.
Por outro lado, ao contrário do PSD que não perde votos para os partidos à sua direita, o PS está a ser autenticamente sangrado à sua esquerda pelo Bloco de Esquerda, pela abstenção - que, pelo menos de forma parcial, votava anteriormente no PS - e, em muito menor dimensão, pela CDU.
Não é, certamente, com a atitude de arrogância que exibe actualmente – já quase toda a gente sabe que o “patrão” vai abandonar a loja e por isso ninguém lhe tem medo – que este ciclo de decadência eleitoral do PS poderá ser atenuado para níveis aceitáveis.
Por exemplo, por que razão vai o PS comprar mais guerras na educação devido a questiúnculas relacionadas com as faltas dos professores? Na substância, a posição política do Governo neste assunto é insustentável. Até um cego vê isso. O que me surpreende é que ninguém do PS tenha tempo ou vontade de explicar isto à Secretária da Educação.
Espero, sinceramente, que o estratega político mais influente e decisivo do PS não seja, nesta fase, o André Bradford. Se assim for, este coveiro do PS é tão estouvado que enterrará o morto, o Padre e tudo o que estiver num raio de 29 jardas.
Isto só será possível se a soma dos partidos de direita superar os 28 deputados (actualmente somam 24) e se nenhum deles atingir ou superar, por si só, o número mágico dos 29 deputados.
Depois de dois longuíssimos ciclos políticos dominados por executivos regionais monopartidários, sempre pensei que a população açoriana saberia valorizar um quadro governativo hipotético que juntasse “o melhor de dois mundos”: a estabilidade política, que será assegurada pela coligação parlamentar, e o pluralismo político que advirá da composição pluripartidária do Governo Regional.
A história política das autonomias demonstra-nos que a única “janela de oportunidade” para a mudança política ocorre nos períodos de transição política provocados pelo abandono do poder por parte dos Presidentes do Governo Regional. No pleno exercício do poder, estes demonstraram que são – no sentido literal da palavra – autênticos Césares (imbatíveis, até prova em contrário).
Não tenho qualquer espécie de dúvida que os açorianos votarão, seja qual for o sucessor socialista de César, na mudança de ciclo político em 2012. O que me começa a preocupar é a dimensão da derrota socialista. Por outras palavras, quero que o PS tenha uma morte política como o Desejado: “Morrer sim, mas devagar”.
Ora, a derrota socialista, nas últimas eleições europeias, foi de uma dimensão assustadora. Até no bastião inexpugnável de Santa Maria os socialistas perderam! Por mais acrobacias que se façam, a verdade é que estes resultados indiciam um desgaste político muito pronunciado do PS-Açores.
Por outro lado, ao contrário do PSD que não perde votos para os partidos à sua direita, o PS está a ser autenticamente sangrado à sua esquerda pelo Bloco de Esquerda, pela abstenção - que, pelo menos de forma parcial, votava anteriormente no PS - e, em muito menor dimensão, pela CDU.
Não é, certamente, com a atitude de arrogância que exibe actualmente – já quase toda a gente sabe que o “patrão” vai abandonar a loja e por isso ninguém lhe tem medo – que este ciclo de decadência eleitoral do PS poderá ser atenuado para níveis aceitáveis.
Por exemplo, por que razão vai o PS comprar mais guerras na educação devido a questiúnculas relacionadas com as faltas dos professores? Na substância, a posição política do Governo neste assunto é insustentável. Até um cego vê isso. O que me surpreende é que ninguém do PS tenha tempo ou vontade de explicar isto à Secretária da Educação.
Espero, sinceramente, que o estratega político mais influente e decisivo do PS não seja, nesta fase, o André Bradford. Se assim for, este coveiro do PS é tão estouvado que enterrará o morto, o Padre e tudo o que estiver num raio de 29 jardas.