terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Jornal Açores 9: Aprovado voto de protesto por ausência de personalidade ligada aos Açores na FLAD

"O Parlamento açoriano aprovou hoje, por unanimidade, o voto de protesto apresentado pelo PPM pela ausência de uma personalidade açoriana no Conselho Executivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) “foi sempre olhada pelos açorianos com algum distanciamento, algo natural tendo em conta que poucas vezes a Região obteve o retorno justo que lhe cabia tendo em conta a vinculação direta entre o papel geopolítico dos Açores e a própria existência da Fundação”, salienta o PPM em comunicado.
O deputado monárquico Paulo Estêvão, acrescenta que “tendo razão de ser na presença militar norte-americana na Base das Lajes, o distanciamento dos açorianos e das instituições dos Açores para com a FLAD devia ser motivo de ponderação, quer das autoridades nacionais que com ela se relacionam, quer da própria Fundação”.
“Nos últimos anos foram dados, apesar de tudo, alguns passos na superação dessas dificuldades: a nomeação de uma personalidade dos Açores para o Conselho Executivo da Fundação e a realização com maior frequência de iniciativas na nossa Região pareciam fazer crer que se tinha atingido um novo patamar no relacionamento da FLAD com a Região, a quem esta deve a sua existência”, diz.
Na sessão plenária de dezembro, o Parlamento dos Açores aprovou, por unanimidade, uma proposta recomendando ao Governo da República a manutenção de uma personalidade ligada à Região no novo Conselho Executivo da FLAD.
“Infelizmente, tal acabou por não acontecer e o próximo Conselho Executivo da FLAD não contará com a participação de qualquer individualidade ligada aos Açores. É um claro retrocesso no esforço de aproximação e valorização dos Açores que ultimamente vinha sendo concretizado pela FLAD”, destaca Paulo Estêvão.
Para o deputado, a “opção do Governo da República é de difícil compreensão pelos açorianos e constitui uma opção política condenável”.
Foi ainda recomendado que seja dado conhecimento do voto de protesto ao primeiro-ministro de Portugal."
In Jornal Açores 9