sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Jornal Açoriano Oriental: "PS "vai ter de recuar" no concurso para professores contratados nos Açores"

"O deputado do PPM nos Açores anunciou hoje que vai apresentar propostas de alteração ao regime de colocação de docentes aprovado há uma semana no parlamento açoriano, considerando que o PS "vai ter de recuar".
“Já se percebeu que o Partido Socialista vai ter de recuar nesta matéria”, frisou o deputado monárquico, Paulo Estêvão, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.
No plenário de fevereiro da Assembleia Legislativa dos Açores, foi discutida uma proposta do Bloco de Esquerda para a criação de um regime de integração excecional dos docentes contratados nos quadros da região, mas o BE retirou a iniciativa e o PS, em maioria no parlamento, e o PCP adotaram-na e aprovaram-na com alterações.
“O PS e o PCP cumpriram o seu plano de fuga à audição pública das suas propostas. Apropriaram-se do projeto do BE – algo que está previsto no regimento, mas apenas nos casos de concordância com o mesmo, o que não era o caso – para, logo a seguir, o mutilarem por completo”, frisou Paulo Estêvão.
Segundo o deputado, “centenas de docentes” estão a “entupir os emails dos grupos parlamentares e do Governo Regional”, manifestando descontentamento com o diploma e alegando que “os prejudica de forma grave, injusta e irracional”.
Nesse sentido, anunciou que vai “confrontar o Governo Regional com uma interpelação parlamentar” sobre esta matéria, no plenário de março, e que “já tem pronta uma proposta de alteração”, para apresentar no parlamento assim que o diploma aprovado for publicado.
Entre as regras que o PPM pretende ver alteradas estão a obrigatoriedade de os professores concorrerem para todas as ilhas, a realização do concurso por três anos, sem a publicação das vagas por escola, e a obrigatoriedade de os candidatos terem permanecido no mesmo grupo de docência nos últimos três anos.
Paulo Estêvão justificou a necessidade destas alterações com casos práticos, dando como exemplo a situação de um professor que por ter passado do ensino de primeiro ciclo para o ensino especial é ultrapassado por colegas com três anos de aulas, mesmo que tenha mais de 10.
Para o dirigente monárquico, o descontentamento dos professores foi provocado pela falta de audição pública das propostas do PS e PCP, uma vez que foi aprovado “algo totalmente diferente daquilo que esteve em discussão” (a proposta do BE)."
In Açoriano Oriental