quinta-feira, 21 de maio de 2009

Vital Moreira


O cabeça-de-lista do PS nestas eleições europeias é o maior inimigo histórico da autonomia açoriana. Trata-se de um personagem sinistro, um ex-estalinista disfarçado de avô cantigas. Aconselho a leitura dos diários da Assembleia Constituinte (1975) a todos os que já não se lembram do que defendia o Vital Moreira naquele período.

O seu fanatismo ideológico e a retórica inclemente contra o Povo dos Açores ainda hoje impressionam. Só encontro paralelo – no que diz respeito ao grau de intolerância e violência sectária – com o que dizia o Robespierre no auge da paranóia e do terror revolucionário.

Como quase sempre sucede com as almas mais empedernidas, o primeiro dos revolucionários depressa perdeu o ardor revolucionário e desertou do mundo ideológico que tanto dogmatizou. Nestes últimos anos andou por aí, como um fantasma grotesco do passado, sem nunca esmorecer no ódio delirante que sempre dedicou à Autonomia Açoriana. A ele pertenceram os piores libelos contra a revisão do Estatuto dos Açores.

A questão que se coloca é: podem os açorianos, socialistas e não socialistas, votar num cabeça-de-lista eleitoral com este passado? Eu acho que não o farão. Afinal, como diz o bom povo, “quem não se sente, não é filho de boa gente”.