O Presidente do PS-A, Carlos César, apresentou, na passada sexta-feira, em Ponta Delgada, a moção global de estratégia, que será debatida no XIII Congresso do PS-A, que se realizará nos dias 18, 19 e 20 de Abril, no Teatro Micaelense.
Este episódio, de nulo impacto político, revelou, mais uma vez, que vivemos actualmente um daqueles momentos políticos de prelúdio de fim de ciclo que Carlos César se obstinou em prolongar, algo agonicamente, por mais quatro anos.
A sua recandidatura, a mais um mandato como Presidente do Governo Regional, não resultou de nenhuma vaga de fundo de apoio social e não gerou entusiasmo. Todos os que quiserem analisar, com objectividade, este assunto, reconhecerão estes factos.
A altíssima abstenção registada nas directas do PS-A e o nulo alarme social e político provocado pela encenação da hesitação, de última hora, da recandidatura de Carlos César constituem provas factuais irrefutáveis da existência deste estado de espírito.
O próprio Carlos César reconheceu isso mesmo. Não existe discurso político em que não fale na renovação de políticos, de governantes, de políticas e de projecto. Carlos César sabe que o projecto político que liderou está, irremediavelmente, esgotado.
Ele também sabe que enquanto não sair do palco do poder não será possível nenhuma renovação. Nunca um líder político conseguiu – ou simplesmente quis – pilotar um movimento de ruptura contra o seu próprio legado.
O que vai suceder é uma espécie de Primavera Marcelista, com a agravante de o líder do regime continuar lá, embalsamado no seu passado, viciado no secular beija-mão do poder e refém da sua própria brigada do reumático.
O conteúdo político e de projecto da moção é, simplesmente, confrangedor. Nenhuma estratégia para combater a insegurança. Nenhuma alternativa para a lavoura sem quotas que aí vem. Nada a dizer sobre o mais pernicioso monopólio dos transportes aéreos da Europa. Nada a dizer sobre o buraco gigantesco do sector da saúde. Nenhuma solução para o ensino superior na Região. Ausência total de alternativas para um sistema educativo afundado na burocracia e na ausência de resultados. Nada a dizer em relação ao despovoamento das ilhas de menor dimensão e sobre a total ineficácia das políticas de coesão. Nada sobre o aumento do desemprego. Nada sobre o colapso do sector turístico, afinal assente nos pés de barro da conjuntural solução escandinava. Nada vezes nada. Um deserto total de ideias e projecto.
Sobra, apenas, a encenação de um homem agarrado ao poder. Refém de si próprio e dos interesses que, voluntária ou involuntariamente, agregou à sua volta.
Este episódio, de nulo impacto político, revelou, mais uma vez, que vivemos actualmente um daqueles momentos políticos de prelúdio de fim de ciclo que Carlos César se obstinou em prolongar, algo agonicamente, por mais quatro anos.
A sua recandidatura, a mais um mandato como Presidente do Governo Regional, não resultou de nenhuma vaga de fundo de apoio social e não gerou entusiasmo. Todos os que quiserem analisar, com objectividade, este assunto, reconhecerão estes factos.
A altíssima abstenção registada nas directas do PS-A e o nulo alarme social e político provocado pela encenação da hesitação, de última hora, da recandidatura de Carlos César constituem provas factuais irrefutáveis da existência deste estado de espírito.
O próprio Carlos César reconheceu isso mesmo. Não existe discurso político em que não fale na renovação de políticos, de governantes, de políticas e de projecto. Carlos César sabe que o projecto político que liderou está, irremediavelmente, esgotado.
Ele também sabe que enquanto não sair do palco do poder não será possível nenhuma renovação. Nunca um líder político conseguiu – ou simplesmente quis – pilotar um movimento de ruptura contra o seu próprio legado.
O que vai suceder é uma espécie de Primavera Marcelista, com a agravante de o líder do regime continuar lá, embalsamado no seu passado, viciado no secular beija-mão do poder e refém da sua própria brigada do reumático.
O conteúdo político e de projecto da moção é, simplesmente, confrangedor. Nenhuma estratégia para combater a insegurança. Nenhuma alternativa para a lavoura sem quotas que aí vem. Nada a dizer sobre o mais pernicioso monopólio dos transportes aéreos da Europa. Nada a dizer sobre o buraco gigantesco do sector da saúde. Nenhuma solução para o ensino superior na Região. Ausência total de alternativas para um sistema educativo afundado na burocracia e na ausência de resultados. Nada a dizer em relação ao despovoamento das ilhas de menor dimensão e sobre a total ineficácia das políticas de coesão. Nada sobre o aumento do desemprego. Nada sobre o colapso do sector turístico, afinal assente nos pés de barro da conjuntural solução escandinava. Nada vezes nada. Um deserto total de ideias e projecto.
Sobra, apenas, a encenação de um homem agarrado ao poder. Refém de si próprio e dos interesses que, voluntária ou involuntariamente, agregou à sua volta.