O Sr. João Gomes respondeu às observações que lhe fiz, mantendo, no essencial, todas as afirmações anteriores. Juntou uma série de provas e refutou as minhas críticas que, como é evidente, não têm nada de pessoal. Leio o João Gomes e, muitas vezes, concordo com o que escreve. No entanto, nesta questão, o João não tem razão.
O que está em causa, recordemos, são estas afirmações do João Gomes.
Em primeiro lugar, quero dizer-lhe que me senti, naturalmente, visado nestas observações. Para o bem e para o mal, sou o 1.º Vice-Presidente do Partido e sou tão responsável como o Nuno da Câmara Pereira – e os restantes dirigentes – pelos nossos êxitos e fracassos. Falta na política portuguesa, e na sociedade em geral, uma certa noção de honra e solidariedade. Não abandono o barco e estou, até ao fim, com os meus colegas dos órgãos do partido. É a minha forma de estar na vida e na política.
Quanto às questões em discussão, repare que não provou que os órgãos do partido tivessem aprovado a candidatura da Elsa Raposo pelo PPM.
Qualquer militante ou dirigente do partido é livre de sugerir a candidatura de quem quiser, mas a legitimidade para a apreciar e aprovar, em concreto, pertence exclusivamente aos órgãos do Partido e esses não o fizeram, no caso em apreço.
No entanto, o PSD, o CDS e o PS aprovaram, respectivamente, Valentim Loureiro, Ferreira Torres e Fátima Felgueiras. Penso que, neste tipo de históricos, o melhor é ninguém atirar a primeira pedra.
Em relação ao caso do afastamento de Augusto Ferreira do Amaral, considero que provei que o seu afastamento da actividade partidária é muito anterior à eleição deste Directório (faço parte dos órgãos do partido desde o ano 2000 e posso testemunhar esse facto).
O João também não provou que o Nuno reclame o Trono Português. Em relação a esta questão ele tem a sua opinião, como é público. Claro que é primo do D. Pedro de Loulé, mas também o é do Senhor Dom Duarte Pio de Bragança (todos descendem dos filhos de D. João VI).
A questão relevante aqui é saber se o PPM tem posição sobre esta questão. Não tem e não tem que ter. A resolução dessa questão pertence, em última análise, ao povo português (nessa ponderação terá, certamente, um importante papel a legitimidade dinástica). O Presidente do Directório tem direito a ter a sua opinião pessoal sobre essa questão (o respeito pela liberdade de opinião é, como referiu o João, uma longa tradição do PPM), mas a mesma não veicula o Partido, como é evidente.
O PPM nunca representou a maioria esmagadora dos monárquicos – nunca obteve representação parlamentar fora de uma coligação ou acordo eleitoral – nem o reivindica. Temos o nosso próprio corpo programático e ideológico, sendo que a defesa da forma monárquica do Estado é uma das nossas matrizes fundacionais.
No entanto, consideramos perfeitamente natural que outros monárquicos se revejam noutros partidos (o CDS ou o PSD não definem, estatutária ou programaticamente, a sua opção em relação à forma republicana ou monárquica do Estado, ao contrário do que faz o PS ou o PCP).
O que não é aceitável é que o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança faça declarações – muito anteriores à eleição do Nuno da Câmara Pereira como Presidente do Directório – sobre a oportunidade da extinção do partido, alegando factores como a sua residual expressão eleitoral.
Temos os votos que o povo português nos quis dar em cada eleição. Não aceitamos tutelas ou interferências no Partido, qualquer que seja a sua origem, exteriores aos seus militantes e órgãos próprios. Na nossa opinião, os monarcas, ou quem possui essa pretensão dinástica, devem abster-se de qualquer intervenção partidária, incluindo, logicamente, os partidos que se assumem como monárquicos.
A resposta já vai longa, mas não termino sem lhe dizer que estamos muito mais fortes do que em 2005. Temos mais militantes, mais organização interna e aspiramos obter, pelos nossos próprios meios, representação parlamentar nos Açores. Enfrentaremos o intensíssimo ano eleitoral de 2009 com muita determinação e ambição.
O que está em causa, recordemos, são estas afirmações do João Gomes.
Em primeiro lugar, quero dizer-lhe que me senti, naturalmente, visado nestas observações. Para o bem e para o mal, sou o 1.º Vice-Presidente do Partido e sou tão responsável como o Nuno da Câmara Pereira – e os restantes dirigentes – pelos nossos êxitos e fracassos. Falta na política portuguesa, e na sociedade em geral, uma certa noção de honra e solidariedade. Não abandono o barco e estou, até ao fim, com os meus colegas dos órgãos do partido. É a minha forma de estar na vida e na política.
Quanto às questões em discussão, repare que não provou que os órgãos do partido tivessem aprovado a candidatura da Elsa Raposo pelo PPM.
Qualquer militante ou dirigente do partido é livre de sugerir a candidatura de quem quiser, mas a legitimidade para a apreciar e aprovar, em concreto, pertence exclusivamente aos órgãos do Partido e esses não o fizeram, no caso em apreço.
No entanto, o PSD, o CDS e o PS aprovaram, respectivamente, Valentim Loureiro, Ferreira Torres e Fátima Felgueiras. Penso que, neste tipo de históricos, o melhor é ninguém atirar a primeira pedra.
Em relação ao caso do afastamento de Augusto Ferreira do Amaral, considero que provei que o seu afastamento da actividade partidária é muito anterior à eleição deste Directório (faço parte dos órgãos do partido desde o ano 2000 e posso testemunhar esse facto).
O João também não provou que o Nuno reclame o Trono Português. Em relação a esta questão ele tem a sua opinião, como é público. Claro que é primo do D. Pedro de Loulé, mas também o é do Senhor Dom Duarte Pio de Bragança (todos descendem dos filhos de D. João VI).
A questão relevante aqui é saber se o PPM tem posição sobre esta questão. Não tem e não tem que ter. A resolução dessa questão pertence, em última análise, ao povo português (nessa ponderação terá, certamente, um importante papel a legitimidade dinástica). O Presidente do Directório tem direito a ter a sua opinião pessoal sobre essa questão (o respeito pela liberdade de opinião é, como referiu o João, uma longa tradição do PPM), mas a mesma não veicula o Partido, como é evidente.
O PPM nunca representou a maioria esmagadora dos monárquicos – nunca obteve representação parlamentar fora de uma coligação ou acordo eleitoral – nem o reivindica. Temos o nosso próprio corpo programático e ideológico, sendo que a defesa da forma monárquica do Estado é uma das nossas matrizes fundacionais.
No entanto, consideramos perfeitamente natural que outros monárquicos se revejam noutros partidos (o CDS ou o PSD não definem, estatutária ou programaticamente, a sua opção em relação à forma republicana ou monárquica do Estado, ao contrário do que faz o PS ou o PCP).
O que não é aceitável é que o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança faça declarações – muito anteriores à eleição do Nuno da Câmara Pereira como Presidente do Directório – sobre a oportunidade da extinção do partido, alegando factores como a sua residual expressão eleitoral.
Temos os votos que o povo português nos quis dar em cada eleição. Não aceitamos tutelas ou interferências no Partido, qualquer que seja a sua origem, exteriores aos seus militantes e órgãos próprios. Na nossa opinião, os monarcas, ou quem possui essa pretensão dinástica, devem abster-se de qualquer intervenção partidária, incluindo, logicamente, os partidos que se assumem como monárquicos.
A resposta já vai longa, mas não termino sem lhe dizer que estamos muito mais fortes do que em 2005. Temos mais militantes, mais organização interna e aspiramos obter, pelos nossos próprios meios, representação parlamentar nos Açores. Enfrentaremos o intensíssimo ano eleitoral de 2009 com muita determinação e ambição.