Começo por esclarecer algumas questões de contexto levantadas pelo autor do “Activismo do Sofá”, a propósito do meu post de resposta.
1) No diz respeito à questão da preguiça estou, obviamente, a utilizar a ironia que usa no seu texto de apresentação – “é sim um discurso assumidamente preguiçoso” – para reivindicar igual direito de utilização da mesma: “assim, como a preguiça não deve ser um direito exclusivo de alguns, assumo que preguicei na resposta que lhe dei”. Limito-me a exercitar o mesmo recurso que o senhor. Não vejo qualquer razão para ficar melindrado. Percebi o seu sentido de humor e esperava idêntica percepção do meu. A propósito, e neste contexto, devolvo-lhe esta preciosidade retórica: “não revelou uma grande facilidade na identificação de ironias no discurso”.
2) As restantes extrapolações decorrem do que escreveu sobre si próprio e que torno a citar: “É sim um discurso assumidamente preguiçoso e pouco corajoso de quem tem algo a dizer, mas que encontra no mundo virtual, directamente do conforto do seu lar (mais precisamente do seu sofá) o modo perfeito de dizer de sua justiça. No fundo, uma forma de participação cómoda, sem grandes constrangimentos, sem dar a cara.”
3) Finalmente, registo a sua concordância com o argumento da atomização disciplinar verificada no âmbito do nosso sistema. Responderei, aos restantes campos da análise que desenvolveu, num próximo post. Não o faço já para não tornar maçador o texto para os leitores. Claro que concordo com algumas das objecções que levantou, mas, no essencial, mantenho o conjunto das refutações anteriormente descritas.
1) No diz respeito à questão da preguiça estou, obviamente, a utilizar a ironia que usa no seu texto de apresentação – “é sim um discurso assumidamente preguiçoso” – para reivindicar igual direito de utilização da mesma: “assim, como a preguiça não deve ser um direito exclusivo de alguns, assumo que preguicei na resposta que lhe dei”. Limito-me a exercitar o mesmo recurso que o senhor. Não vejo qualquer razão para ficar melindrado. Percebi o seu sentido de humor e esperava idêntica percepção do meu. A propósito, e neste contexto, devolvo-lhe esta preciosidade retórica: “não revelou uma grande facilidade na identificação de ironias no discurso”.
2) As restantes extrapolações decorrem do que escreveu sobre si próprio e que torno a citar: “É sim um discurso assumidamente preguiçoso e pouco corajoso de quem tem algo a dizer, mas que encontra no mundo virtual, directamente do conforto do seu lar (mais precisamente do seu sofá) o modo perfeito de dizer de sua justiça. No fundo, uma forma de participação cómoda, sem grandes constrangimentos, sem dar a cara.”
3) Finalmente, registo a sua concordância com o argumento da atomização disciplinar verificada no âmbito do nosso sistema. Responderei, aos restantes campos da análise que desenvolveu, num próximo post. Não o faço já para não tornar maçador o texto para os leitores. Claro que concordo com algumas das objecções que levantou, mas, no essencial, mantenho o conjunto das refutações anteriormente descritas.